DIY – Do It Yourself
É comum procurarmos respostas para tudo na internet e com isso passamos a “dominar” assuntos que antes tínhamos pouco ou nenhum conhecimento. Aprendemos a cozinhar, a usar ferramentas elétricas, e claro, nos tornamos especialistas em tecnologia. Ou seja, se algo quebra ou falha, é muito comum nós tentarmos consertar essas coisas antes de buscar a ajuda de um profissional. Não podemos negar que algumas vezes funciona. Porém, sabemos que a probabilidade de tudo dar errado em um DIY são grandes.
Quando o assunto é Recuperação de Dados, a situação não é muito diferente. Na maioria das vezes, as informações arquivadas nesses equipamentos são muito mais importantes e relevantes do que o equipamento propriamente dito, algumas até mesmo com valores inestimáveis.
Diariamente recebemos casos semelhantes de pessoas que buscam uma solução para retomar o acesso às suas preciosas informações.
Neste artigo, falaremos sobre uma ferramenta bastante popular que segue a linha dos inúmeros “Faça você mesmo” que encontramos navegando pela internet, mas que levanta muitas dúvidas pelos usuários com relação a sua eficácia e segurança.
Há cerca de quatorze anos atrás, perder dados não era tão comum, visto que o armazenamento de dados importantes ou até mesmo vitais era algo exclusivo de grandes empresas e corporações, além de órgãos do setor público, pois a tecnologia não era tão acessível.
Com o grande avanço e sua rápida disseminação, a tecnologia permitiu o acesso a computadores de uso pessoal e consequentemente o armazenamento de informações importantes aumentou. Assim como – proporcionalmente – a incidência de casos de perdas de dados.
Foi então que a indústria desenvolvedora de softwares enxergou a oportunidade de faturar com a venda de ferramentas de recuperação de dados, oferecendo como uma alternativa caseira a “solução” deste tipo de problema. Porém, esse tipo de ferramenta não é capaz de avaliar o real estado do HD que apresenta falha.
Os problemas mais comuns envolvendo discos rígidos são geralmente problemas de ordem física, ou seja, o comprometimento de algum componente interno do dispositivo que leva a falha ou inoperância total da mídia.
Em circunstâncias como essas, é natural cogitarmos a aplicação destas ferramentas gratuitas ou licenciadas, mas é necessário cuidado e atenção, pois submeter um HD defeituoso a programas que realizam inúmeras operações de processamento causam estresse desnecessário em um dispositivo já comprometido, o que pode agravar ainda mais os danos que acarretaram a falha primária ou até mesmo impossibilitar a aplicação de procedimentos profissionais para a recuperação de dados.
Casos de sobrescrição de dados, causados pela formatação do disco ou por procedimentos de rebuild no caso de servidores RAID, deixam rastros e assim permitem que com procedimentos avançados de mapeamento, implementados por nossas equipes de engenheiros, reflitão na recuperação de grande parte das informações antes sobrescritas. Preservar estes rastros é essencial para que se obtenha sucesso na recuperação destes dados, e a implementação de softwares, acaba, na maior parte dos casos por alterar as condições originais de falha, fazendo com que esses “rastros” sejam extintos.
No aspecto segurança, é sempre importante analisarmos de maneira aprofundada as credenciais da empresa fabricante do software. Em tempos onde observamos o crescimento de ciberataques seguidos do sequestro de dados e compartilhamento de informações pessoais em sites públicos na internet, todo o cuidado para garantir a segurança e o sigilo de seus dados é necessário.
De um modo específico, recuperar dados não é uma tarefa simples, de simples solução e que pode ser executada na sala do seu escritório ou no quarto de sua casa. Não existe um botão mágico que recupere suas preciosas informações em uma pequena fração de tempo. Recuperar dados é uma tarefa complexa, que demanda de tecnologia e profissionais qualificados. O ideal nestas situações é colocarmos em prática um plano de gerenciamento da crise, que se inicia com a classificação do nível de relevância das informações ora comprometidas no ambiente profissional ou na vida do usuário que está passando por esta situação.
Utilizamos comumente uma escala de classificação de 0 a 5, onde zero ocupa o nível de menor importância dos dados, e cinco, o nível mais alto de relevância das informações. Sempre que o seu caso estiver localizado em nossa escala em nível de 3 a 5, nós não aconselhamos a implementação de nenhum procedimento paralelo de tentativa de recuperação de dados, pois isto pode ocasionar na perda definitiva de suas informações. Agora, se você perceber que os dados armazenados no dispositivo que apresentou falha ocupam um nível na escala de 0 a 2, o ideal é que realmente todas as possibilidades de tentativa de recuperação de dados sejam extintas antes de uma empresa de Engenharia de Recuperação de dados ser contactada.